terça-feira, setembro 19, 2006

BELO HORIZONTE

Quero de ti, apenas,
as noites brancas de sereno
e abandono,
como em Dostoievski.

Os beijos roubados
no descuido da castidade.

As naves de igrejas intergalácticas.

A mitologia arcaica e triste de tua verdade.

A tua longínqua paisagem.

Esta lua de folhetim.
e este intenso tremor
de frio e de pecado.

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