terça-feira, setembro 19, 2006

A PANDORGA

A pipa cavalga o vento,
impaciente, impossível,
transcendendo a solidão
da cidade clara.

Artefacta. Papel de seda,
armação de taquara,
e mais,
um pouco de grude,
em nada ela é cara.

A pipa,
turbilhonando,
empinada ao vento,
como bandeira tremulando
sobre a favela.

Vai, ali, costurada
alma de menino.

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