segunda-feira, janeiro 29, 2007

SOB A LUZ DA LUA FRIA


Combinam-se os elementos
na alquimia de um amor sem igual
e que se faz intenso e pleno
sob a luz da lua fria
como a essência de um perfume
liga primordial.
O fogo da luz fria, vai crepitando
derramando-se, como semem
pelas ancas abissais, falésias
precipitação no ar em vôos
ascenssores pelos litorais.
A musica atonal que a todos
enleva, exercícios de sedução.
O filtro do amor que lança
os entes, ao desespero do sexo
em um torpor dolente.
Os frutos deste amor
porque só aromas, ninguém
os come, e se não são do mar
ou da terra, ficam caídos
pelos cantos na areia seca
do deserto, ao alcance
da sede e da fome.
E são aquosos, já mordidos
liquefeitos como os rios
que levam as almas
à promissão, à explosão
de paixão e de cardumes.
Os peixes jogam o claro/escuro.
Sereias margeiam mentes, e são
as fantasias de um romance épico
que é mais que a vida, que é mais
que o mar eterna calma em propulsão.

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