Não se pode ter de tudo
toda paisagem que se veja
todo agrado, toda partida de seda.
Não se compra carinho
em balcão de armarinho.
Nem todo peixe vem
no retorno da rede.
A noite nem sempre
vai recobrir um dia feliz.
Não se pode ser feliz
alem da pouca parcela
que nos é dado à conhecer
em nossa quadra de vida
devida.
A vida inebria vicia e mata
mas, mata ainda mais
o medo da vida perder
o medo da morte das coisas
é o que nos evita o viver.
São tantos os amargos engodos
tragados com desdouro
com açúcar e spirulina
junto ao fel do entardecer.
segunda-feira, fevereiro 19, 2007
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