O sol mudou o curso do rio,
iluminou o umbral,
iluminou o umbral,
vestiu-a de Kilimanjaro,
noite, sidra e marfins,
noite, sidra e marfins,
aos pés da lua depôs.
Sem dar por contas, ela dizia:
“Por mim, qualquer cousa seria”.
E por amar a lua tanto assim,
Sem dar por contas, ela dizia:
“Por mim, qualquer cousa seria”.
E por amar a lua tanto assim,
verteu-lhe para o latim,
uns mil poemas de amor.
uns mil poemas de amor.
Deu-lhe a pedra de toque,
se esponjou na salmoura,
colheu no jardim saduceu,
dentre todas, a mais bela rosa.
E, ainda assim, lhe falou a lua:
“Não cuides por mim.
À mim, compraz-me
qualquer cousa”.
Quando ficava, então,
mortiço, é que a lua aparecia.
Quando ficava, então,
mortiço, é que a lua aparecia.
Quando sem luz e mofino,
fêmea, ela resplandecia.
E só depois de dançar
qual ninfa no ceo,
em tal rito de alegria,
ao ouvido do sol triste,
a lua suave, dizia:
“Senhor sol, meu, tão querido.
Mal não lhe fará, entender
o que lhe digo.
Não me faltarão riquezas,
amores e nem honrarias,
porquanto minha é a dádiva
de banhar de nívea prata,
sobre o mundo, à qualquer cousa”.
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