domingo, setembro 17, 2006

AMBROSIA

Em procura arguta, diligente e desperta,
pus-me ao encalço do elemento vigil,
para descrever-te melhor,
amor, da forma certa.

Inicia-se à maneira dos poetas, o tal relato:
Subitamente, a trovoada trovejou,
e no clarão, tu te revelas em todo fausto.

Eu, esfaimado de tua rica ambrosia,
tua beleza, parte prima do tempero,
que, com devoção, provarei em afasia.

Torna-me doce o prazer de existir,
vinho melífluo de sorver inebriado.
Sinais vitais, estou voltando a emitir.

Cozinha ibérica - poeta, mais que Emir.
No tacho de flandres, aos condimentos, misturar.
O rosmaninho, a avelã e o alcaçuz...
Em tais sabores eu me ponho à te sentir.

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