sexta-feira, novembro 10, 2006

O VERDOR DO LAGO

No assombro da noite, a manhã desperta e o lago, prepondera
Como um Baikal verde de poderes, refletindo afazeres naturais.
E são tantos e variados os eventos do dia, no pleno sacrifício da terra.
As aves migratórias após viagem branda, fazem libações nos ninhais.

Há o grasnar de aves-gralhas, biguás buscando alevinos em tara,
Os pernaltas grous, todos ciscantes no entorno aos larvais.
As andorinhas enfrentam a rapina em defesa da cria, coisa rara.
Maritacas em estrepitoso bando, cruzam o lago. Alaridos matinais.

E ainda o verdor intenso das centenárias que ao lago abraçam.
Contrastando o teto de celeste anil, as folhas velhas e as tenras
Em uma trama-tessitura, pelos altos dos galhos, se entrelaçam.

Mas não me referisse as deambulantes formigas, nada eu diria
Posto que estas sejam tão presentes no lago, laboriosas amigas
Que sobem pelos meus pés, à beira da água, enquanto escrevo poesia.

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