Recordo quando mirava
em abandono e transe místico
teu corpo nu, puro e branco
como a beleza simples de um vôo
definitivo como a evidência da partida.
Por alguns segundos, eras a aparição
da virgem, com os pêlos à mostra
de tez tão clara, com tão intensa fugacidade
que num sopro explodias, divinal melancolia
teu orgasmo sobre a noite
reacendendo o fulgor de um pleno dia.
Como rememorar este teu corpo
lânguido e pecaminoso?
Como olvidar o teu pranto
que nos devolvia a brisa
pelas artes de uma oração
à tarde quente?
Lembro-te como um vento brando
viração, aragem, fazendo fremer
de maleita santa as imposturas
de minha lasciva carne
minha alma perdida
e os objetos
de teu quarto branco.
em abandono e transe místico
teu corpo nu, puro e branco
como a beleza simples de um vôo
definitivo como a evidência da partida.
Por alguns segundos, eras a aparição
da virgem, com os pêlos à mostra
de tez tão clara, com tão intensa fugacidade
que num sopro explodias, divinal melancolia
teu orgasmo sobre a noite
reacendendo o fulgor de um pleno dia.
Como rememorar este teu corpo
lânguido e pecaminoso?
Como olvidar o teu pranto
que nos devolvia a brisa
pelas artes de uma oração
à tarde quente?
Lembro-te como um vento brando
viração, aragem, fazendo fremer
de maleita santa as imposturas
de minha lasciva carne
minha alma perdida
e os objetos
de teu quarto branco.
Um comentário:
adorei essa poesia.
ainda estou lendo as outras e ja ja falo o que achei.
mas "quarto branco" é muito intensa.
parabéns.
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