Os minutos se passam
quase audíveis
em refrão recorrente.
As horas se somam
plausíveis
cheias de promessa e sem nada deixar.
Os dias escorrem
entre os dedos
ceifados do calendário
e cerzidos na pele dos homens.
Os anos morrem
Amiúde
a cada manhã
retirados das pretensões gregorianas.
Como um filete no engenho d’água
os minutos, as horas, os dias e os anos
num rodar cativo, errático desperdício
incontrolável, surda repetição.
quase audíveis
em refrão recorrente.
As horas se somam
plausíveis
cheias de promessa e sem nada deixar.
Os dias escorrem
entre os dedos
ceifados do calendário
e cerzidos na pele dos homens.
Os anos morrem
Amiúde
a cada manhã
retirados das pretensões gregorianas.
Como um filete no engenho d’água
os minutos, as horas, os dias e os anos
num rodar cativo, errático desperdício
incontrolável, surda repetição.
Um comentário:
Ricardo!!
Estive aqui visitando teu blog.
Achei tudo simplesmente maravilhoso! Tuas poesias tem uma profundidade incrível! Parecem arrancadas das entranhas! É uma poesia forte! Rústica às vezes, sem floreios! Tem a beleza verdadeira e sem artificialismos de um campo florido!
Gostei de todas, mas escolhi essa aqui para deixar meu comentário porque gosto muito desse tema: "o tempo". Ele caminha mesmo inexoravelmente levando tudo que estiver em frente e mesmo assim....é cíclico!
Parabéns pelo talento!
Abraços!
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