Fulgem, com seiva, as tenebrosas pragas,
Que levam por artes sórdidas,
Para o longe, a serenidade.
Fulgi a tortuosa
Sensação de morte,
Quando desiludida, inebriante rosa.
Fulgi o corroer viril. Alma e corpo
Em rasa mistura, lama árida.
A dura e seca estuporação da carne,
Tornada em pó, na sequidade da vida.
Fulgi a torpeza e a loucura,
Ainda, um rematado dibujo.
Se não bastou o amor e o cuidar vigil,
A quem cabe a honra que não pode ser devida?
Pois de amor, este mal dito-cujo,
Jamais se faculta o viver, assim se vê.
Só, deriva-se, da terminal tristeza,
Se o filho amado, um ente-passarinho,
De melancólica maneira, salta do arvoredo
E se vai do ninho, que, se não era muito,
Era um tanto, pálido construto do aconchego.
Fulgi sobre as sinas, pai e filho.
Morre sob meus pés, a ilusão.
Ingratas penas e todos os seus horrores,
Rogados por quem, de ruinosa, se destrói,
Nas labaredas dos avernos inferiores.
Ai! Que resplendor dos atrozes enervares.
Ai! A inconsciência a responder sobre o silencio.
Como, então, não ter mais certezas rudes,
Do que sejam, do mal, os genuínos semeares.
O sentimento que passeia em tais pomares,
É o tal ardor, corrosivo, do tortuoso mundo.
Na obscura e incompreensível nodoa do poente,
Um tal amor que é decaído e tão sem fundo.
Então, o que se abriga no peito é mesmo a dor,
Que remete o corpo psicótico ao gesto balouçante,
Que, no ímpeto, vai para traz e vai para frente,
Promovendo a ambição sediciosa e suicida
Do espocar de um coração, pretenso nada,
Irrequieto, dentro de um peito já doente.